segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estudo de caso - Abrigos de Blumenau




Segundo a SEMASCRI (Secretaria Municipal da Assistência Social, da Criança e do Adolescente) há cerca 359 famílias morando nessas moradias provisória, divididas em 6 unidades. Essas pessoas estão ali desde o dia 26 de fevereiro deste ano e estima-se que deverão continuar nessa situação por um período aproximado de 1 ano, até serem construídas novas casas.



PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DOS ABRIGOS

Quanto aconteceu o desastre estavam 61 abrigos ativados, as pessoas estavam morando em abrigos emergenciais como: escolas, galpões, igrejas, ou em qualquer lugar que pudessem ser abrigadas. Sistema este adotado já outras vezes por Blumenau, quando ocorreram enchentes. Porém muitas dessas pessoas já voltaram para suas casas porque não as perderam. As pessoas que perderam as suas casas e não puderam ou tiveram condições de se manter sozinhas após o desastre foram no dia 26/02/2009 para abrigos provisórios montados para poder atendê-las. Plano este previsto para catástrofes, feito através de pesquisas, baseando-se nos textos de dissertação de Mestrado para a USP – Abrigos Temporários de Caráter Emergencial e o sistema de Administração de Abrigos Temporários do estado do Rio de Janeiro.

Uma das principais dificuldades para a instalação dos abrigos foi o curto espaço de tempo para a execução das obras, até porque uma parte desse tempo foi destinado a pesquisa de como seria ou deveria ser o abrigo, enquanto isso as pessoas estavam morando nos abrigos emergenciais dos quais tinham que desocupar urgentemente pois esses abrigos precisavam voltar as suas funções originais.

A arquiteta Ana Paula, responsável pela implantação e pela manutenção de todos os abrigos de Blumenau, explica que surgiu a idéia de abrigar as pessoas em containers, porém fora descartada em virtude do clima quente no verão em Santa Catarina.O questionário respondido pela arquiteta está a seguir.

Através do levantamento de dados feito nos abrigos no mês de Maio/2009, estão ativados ainda 6 abrigos provisórios, são eles:


Resultando em um total de 1.168 pessoas desabrigadas, sendo um total de 324 famílias e “apartamentos” ocupados nos abrigos.

QUESTIONÁRIO
Respostas: ARQ. ANA PAULA (Responsável pela implantação e manutenção dos abrigos de Blumenau)

1) Como eram as estruturas que tinham disponíveis para os desabrigados?
R: O Plano de ação de Blumenau prevê abrigos provisórios em escolas, associações e instituições

2) Como se chegou a conclusão que essa seria a melhor alternativa?
R: Inicialmente, é o plano previsto para catástrofes. Depois a mudança para os galpões partiu de uma pesquisa conjunta entre prefeitura e IAB, onde discutiu-se outras possibilidades inclusive moradias containers, porem esta fora descartada em virtude do nosso clima.

3) Infra-estrutura, porque foi feita desta maneira? (divisórias de madeira, banheiros e lavação coletivos, fogões individuais)
R: Partiu de uma pesquisa conjunta entre prefeitura e IAB, e Corpo de Bombeiros, além de questões de viabilidade técnica, pois não teria como efetuar espaços individuais uma vez que ao final da ocupação destes espaços teremos que devolve-los como eram.

4) Essa solução foi baseada em alguma situação real? Qual?
R: Os estudos iniciais ficaram com o IAB, a SEMASCRI implementou os projetos, ajustando as necessidades das famílias (quantidade de membros por família) pois o modulo padrão inicial atendia grupos familiares de 3 a 6 pessoas num espaço de 25m² (espaço este semelhante as áreas de uso de uma residência popular- quartos e sala)

5) Valor do abrigo por família?

6) Custo manutenção por mês?

7) Quais as principais reclamações?

8) Quais as principais dificuldades para instalação do abrigo?
R: No nosso caso foi o curto espaço de tempo para execução das obras, visando desocupar as escolas e igrejas

9) Quais foram os critérios adotadas para o programa arquitetônico? ( quantidade de BWC por família, cozinha por família...)
R: Partiu de uma pesquisa do IAB, posteriormente adequada aos espaços encontrados e as realidades locais, como sistema de esgoto existente e possibilidade ou não de ampliação com uso de containers sanitários. A cozinha inicialmente fora pensada para se ter um fogão para até 10 famílias (isso por questões de instalações e seguir as normativas dos bombeiros) após o inicio da implantação a CRUZ Vermelha fez a doação de fogareiros 2 bocas, quando então modificamos todo o projeto para contemplar 01 fogareiro por família.

Obs.: As questões referentes a valores e manutenção não foram respondidas.

Um comentário:

  1. Quais foram as referenciais bibliográficas que você utilizou para desenvolver o seu TCC?

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